Autor: Honoré de Balzac  foi um prolífico escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É considerado o fundador do Realismo na literatura moderna.


"Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro. Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sensual da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores que reveste a mulher de 30. Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe."

     Júlia é a protagonista desta história que baseia-se na realidade da vida cotidiana. Aqui Balzac nos mostra a visão de uma jovem que passeia pelo tempo, pelo desamor e a ilusão; os enganos e os sofrimentos; que vive o pesadelo de um sonho e as linhas tortas do real e obscuro, e aprende da forma mais difícil.
       Tudo inicia-se com Júlia em um passeio com o pai, tem certezas do que quer na vida, casar com Vítor, seu primo e o homem que "ama", e desenha todo o seu futuro ao apenas olha-lo nos olhos; O pai a adverte da vida de sofrimentos que a espera, e teme, por saber exatamente a intenção masculina da época e o futuro inesperado e decepcionante de sua filha.Vítor não é o que Júlia espera, na verdade nada é o que deveria ser; Passa-se os anos, e Júlia obtém seu primeiro amor, Artur, que acaba morrendo prematuramente de forma inusitada, mostrando-se outra decepção em sua vida. Júlia perde as esperanças e a fé, encontra-se com trinta anos de angustias e em desespero pelo fim da vida, mas a vida ainda tem muitas coisas a oferecê-la, coisas boas e coisas bem ruins.
       Uma grande obra do século XIX, Foi graças a este livro que o adjetivo "Mulher Balzaquiana" foi criado, define uma mulher com exatamente trinta anos, essas que são emocionalmente mais amadurecidas e podem viver o amor com maior plenitude que uma de dezenove, que nada sabe do amor e sobre o sofrimento pelo mesmo. Julie após todos os tristes acontecimentos de sua vida, cai em uma depressão profunda e obriga-se a um maior conhecimento, o tempo e o sofrimento e a desilusão a ensina, sua idade a define com maior caracter e personalidade. Neste livro encontramos a realidade embutida em cada capítulo, Balzac aprofundou-se no pensamento feminino em um romance emocionante, uma mulher fantástica foi de forma real criada, algo nasceu deste romance: A mulher e sua definição na época; podemos ainda hoje presenciar esta personagem moderna por aí, em um cenário diferente, admito, mas igualmente sofredor e ilusório. Aproveitem essa digna obra.
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Autor: Machado de Assis foi um escritor brasileiro, e é amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Foi poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário.

       Publicado em 1881, “Memórias póstumas de Brás Cubas” é um dos mais famosos romances de Machado de Assis, um marco na literatura brasileira. Narrado por um defunto autor, uma voz irônica que se dirige constantemente ao leitor, a trama começa com o enterro de Brás Cubas, passa por seus delírios, volta à infância do personagem e, de forma nada linear, traz para o centro da cena vários episódios da vida desse excêntrico narrador.

         O nosso querido Machado de Assís nos deixou esse legado preciosíssimo, ao lermos memórias, percebemos que machado foi revolucionário em muitos aspectos: a ironia, a elegância e ao mesmo tempo a melancolia com que um narrador defunto conta sua própria história é algo fascinante e singular, Brás viaja através de suas lembranças tendo como ponto de partida seu último suspiro. A vida de Brás foi relativamente uma vida fácil, teve grandes oportunidades quando mais novo, porém, sua personalidade sempre gritava mais alto do que qualquer determinismo de sua época, se queria namorar com uma prostituta super cara, narmoraria, ou até manter um relacionamento adúltero com vigília, apesar de tudo isso, Cubas é a imagem tipica dos pensadores do século XIX, ele é espirituoso e anda sempre encucado com diversos dilemas acerca da vida, machado ao nos apresentar esse notável personagem nos da uma grande esperança, esperança essa que consiste em nos fazer entender que apesar da forte critica realista e da decadência e corrupção do homem moderno, ainda há como haver pessoas de grande espirito e que podem dar uma "cura" ao mundo, como tanto sonhara Brás cubas com o seu "emplastro". É algo engraçado e mágico de se ler a ralação entre Brás e Quincas Borba, quando o diálogo desses dois personagens inicia-se, o pessimismo realista deixa de lado um pouco a crítica, e inicia uma miscelânea literária que denuncia o espirito filosófico de nosso autor. Recomendo esse livro não somente por que é bem escrito, mas pelo fato de nos mostrar a alma de um homem que depara-se com as decisões mais comuns da vida, mas, sua grande alma torna cada pequeno momento, algo majestoso e digno de análise e recordação.
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Autor: Franz Kafka Foi um dos maiores escritores de ficção do século XX,
tem como principais obras: O castelo, A Metarmofose e O Processo.

       O Processo (1925), publicado postumamente, conta a história do bancário Joseph K., que, por razões que nunca chega a descobrir, é preso, julgado e condenado por um misterioso tribunal. Nesse romance, a ambigüidade onírica do peculiar universo kafkiano e as situações do absurdo existencial chegam a limites suspeitados. A Ação desenvolve-se num clima de sonhos e pesadelos misturados a fotos corriqueiros, que compõem uma trama em que a irrealidade beira a loucura.

      O processo sem dúvidas é um livro que pode deixar-te um pouco tonto, pois este livro carrega uma atmosfera que beira a loucura e o surrealismo. Temos de inicio Josef k. um homem íntegro, que vive uma vida honesta e trabalha como procurador em um banco, até que, certo dia ao acordar ele  depara-se com dois agentes, informando-lhe  que está sendo processado, mas, não tem ciência de qual o porquê de tal processo, após esse fato, K. inicia uma luta psicológica para saber  o que de fato é essa acusação, os dias vão seguindo e K. tenta através de varias maneiras de como lidar com isso tudo, que acaba colocando-o em um estado de apreensão, e escravidão mental. É notório que o autor demonstra através de Josef, a perturbação do homem ao deparar-se com todo o sistema burocrático e aniquilador que é a modernidade e o complexo sistema de justiça que por vezes costuma ser falho, podemos assistir paulatinamente o personagem definhar ao sistema judiciário, os momentos surreais e pitorescos ganham vida através do olhar do narrador, o universo em que K. vive parece extremamente conspiratório, mas, apesar de tantos pontos que consideramos um pouco surreais, o sublime nessa obra, é exatamente o fato de que o estranho mundo sufocante, e determinista de Kafka, é exatamente igual ao nosso. Há inúmeras teorias acerca desse romance, mas não podemos negar que  todas as teorias entram em acordo nesse aspecto. É uma leitura que requer atenção, não a considero difícil, mas, assaz profunda, com pontos demasiadamente filosóficos, é um livro que lhe ajudará a entender não somente o sistema burocrático judiciário, mas também, como o homem está sujeito á essa imensa máquina que chamamos de pós-moderno. 
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Autor: Patrick Süskind é um escritor Alemão e também roteirista de televisão, tendo como primeiro livro de sucesso "O Perfume" em 1985.

      Primeira novela de Patrick Süskind, O Perfume, conta a terrível estória de Jean-Baptiste Grenouille, um órfão nascido em Paris, no ano de 1738. Quando o corpo abandonado de Jean-Baptist é encontrado no lixo, ele é levado a um orfanato, onde todos os que tem contato com ele tratam-no como se ele fosse, de alguma forma, repulsivo. O que os  não sabem é que o corpo de Grenouille não possui nenhum aroma, uma característica distinta que, de tão sutil, passaria imperceptível, mas que marca a vida de Grenouille para sempre. A estranha relação do protagonista com os odores é posteriormente elucidada e realçada por seu olfato peculiarmente acurado, causado, talvez, pela falta de necessidade de abstrair seu próprio cheiro. Quando atinge a maioridade, Grenouille torna-se um perfumista com fortes aptidões para a mistura de perfumes estranhos e exóticos. Esta habilidade o leva ao desejo de disfarçar sua própria falta de cheiro e a uma busca pela criação do perfume mais singular que o mundo houvera visto.

       Ao acompanhar Grenouille desde seu nascimento, quando sua mãe o abandonou para a morte por entre os restos de peixe, até sua infância, quando ele descobre o quão diferente era de seus pares, Süskind consegue evocar inúmeras e diferentes emoções do leitor, desde a raiva até a simpatia pelo jovem órfão, além da curiosidade, repulsa e ódio. A falta de aroma de Jean-Baptiste pode ser vista como uma representação da sua falta de moral em um mundo onde o imoral e o ético batalham na busca por um denominador comum.

      Süskind faz um trabalho notável ao retratar a Paris do século XVIII, baseando-se mais em descrições olfativas do que o comumente encontrado em novelas, o que dá total suporte ao conceito por trás da narrativa. Ele descreve Grenouille e suas vítimas de forma impessoal, incrementando, assim, a terrível natureza das ações de Jean-Baptiste. Perfume é uma novela de suspense. Embora a culpa de Grenouille seja óbvia, no decorrer do livro o leitor se pergunta quando e como o assassino será trazido à justiça. A novela também tem um quê de horror, ainda que não seja do tipo terror, ou no estilo Lovecraftiano. Podemos dizer que Perfume é uma história perturbadora pela maneira como Süskind descreve as ações e motivações de Grenouille. Se por um lado é claro que Grenouille é obcecado e insano, por outro, ele age de forma deveras lúcida para a sociedade francesa dos confins do século XVII.

     O livro de Süskind é sui generis.  Parte horror, parte mistério, parte ficção histórica, oferece ao leitor um mergulho na mente de um criminoso insano, enquanto especula acerca do papel dos aromas em nossas vidas. Perfume não pode ser comparado a nada escrito antes, pois sua premissa é muito diferente, em muitas formas, daquilo que o precedeu.
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servo [Suspense] O Servo dos Ossos   Anne Rice
Autora: Anne Rice escritora norte-americana, autora de séries de terror e fantasia, a mais conhecida delas Crônicas vampirescas.
       Azriel se rebela ao ser transformado em imortal por feiticeiros com objetivos maléficos. Ele vaga pelos séculos sem nunca estar nefesh — ou seja, com o corpo e a alma juntos. Azriel nos revela sua impressionante história desde a juventude na Babilônia, passando pela Europa da Idade Média até chegar a Manhattan dos anos 90, onde volta a encontrar seu destino. O personagem irá confrontar-se com um ambicioso e carismático multibilionário, o televangelista e terrorista Gregory Belkin — uma versão atualizada dos seus demoníacos inimigos. Ele terá que usar todos os seus poderes para conter uma conspiração que coloca o mundo em risco. Antes de começar a escrever o livro, Anne Rice realizou uma profunda pesquisa sobre as origens e evolução da cultura hebraica, desde antes da Babilônia até a imigração para a América durante a Segunda Guerra Mundial. Como conseqüência natural, O servo dos ossos está recheado de referências judaicas, como a Cabala.

        O Livro nos conta a história de um jornalista, que estando isolado para livrar-se do mundo em conflito atual (anos 90), vê-se escolhido por um ser espiritual para escrever-lhe sua história; Azriel, o servo dos ossos, apresenta-se como sendo um fã de suas obras e por isso acha-o apropriado para escreve-la. Azriel é um ser que não possui corpo físico, mas pode cria-lo se invocar partículas para si; podendo assumir qualquer forma, incluindo a sua forma antiga, a de quando era um humano.
      Azriel conta-nos que em sua humanidade era um Hebreu, um dos tantos que foram levados de sua terra santa para a antiga Babilônia; fazia parte de uma família de comerciantes e escribas, tendo consigo intelectualidade e sabedoria; corrompeu-se ao antigo deus Marduc, tornando-o seu deus pessoal e amigo. Azriel possuía o dom de conversar e ver o deus Marduc, trazendo-lhe assim ao deus forças e capacidade de torna-lo visível a outras pessoas. Quando os Sacerdotes de Marduc descobrem os poderes de Azriel, o escolhem para ser a sua próxima vitima em um sacrifício um tanto inusitado. O pai de Azriel concorda com todos os planejamentos do futuro rei da Babilônia, Ciro o Persa, contanto que liberte seu povo e os conduza de volta as suas terras em paz; Porém, os planos de uma bruxa e um sacerdote em especial levará Azriel a não só uma morte dolorosa (pelo sacrifício proposto) como também em seguida a vagar por toda eternidade em uma terrível maldição; O prenderam em seus próprios ossos, e ele servirá a magos e mestres sempre que chamado, tornando-se um anjo da morte. Enquanto nos conta, Azriel, diferente dos vampiros de Anne rice, mostra que não possui tantas memorias e essa é sua maior dificuldade. Nos anos 90, novamente despertado dos ossos, desta vez sem mestre, Azriel busca descobrir quem e porque está entre os humanos, qual será sua missão?
       O Livro é fantástico, Anne Rice nos enriquece com seus conhecimentos sobre o judaísmo e a cabala, sobre os movimentos históricos em um campo descritível confortável, em uma linguagem fácil e nada cansativa. Azriel não possui tanta personalidade ou atrativo quanto os outros personagens de Anne rice, suas decisões e conversas são imaturas por seu caracter também imaturo, mas, não pense que isso destroi a literatura, apenas torna-a realista; tratando-se de um ser que quase não recorda e possui muitas duvidas a cerca de tudo, e quase nenhum conhecimento sobre a atualidade. Um livro que aborda o lado espiritual e sobre os mistérios da pós-morte. Muito recomendado.
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Autora: Jane Austen foi uma proeminente escritora inglesa, escreveu os clássicos "Orgulho e preconceito" e "Razão e Sensibilidade".
       Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.
       Um romance clássico, orgulho e preconceito nos apresenta uma das personagens mais fortes e racionais do universo feminino na literatura, "Elizabeth Bennet"; uma mulher por demais diferente das de sua época, decidida a viver sem casamentos planejados por dinheiro e reconhecimento na repulsiva sociedade do século XVIII, onde as famílias lutavam para manter o status e suas finanças. Em uma família de cinco irmãs, Jane sua irmã mais velha e companheira, é romântica porém demais tímida, não revelando visivelmente seus sentimentos ao novo pretendente recém chegado na cidade "Charles Bingley" que a corresponde com o mesmo amor afetivo desde a primeira valsa. Charles é rico e procura sua futura esposa, toda a cidade se compromete a tentar vínculos ou proximidades com um representante da nobreza de Londres; Charles traz consigo seu amigo "Mr. Darcy", mesmo sendo possuidor de maior riqueza que Charles, Darcy é por demais desagradável aos olhos de todos, por seu enorme orgulho e desprezo pela classe mais baixa. A Familia Bennet, traz interesses a Charles, porém Darcy os acha interesseiros, principalmente a mãe de Elizabeth Bennet, que nutre certo ódio imediato pelo mesmo. Elizabeth e Mr.Darcy, personagens principais da história, convivem com suas desavenças; em um baile onde Elizabeth se encontra com sua família, Darcy ao vê-la pela primeira vez e após recusar-se a dançar com a mesma, terce o seguinte comentário maldoso em confidência ao amigo: "Ela é tolerável, mas não bonita o suficiente para tentar-me!" Elizabeth o escuta e agradece a Deus por não ser agradável a um sujeito tão desprezível. Elizabeth tem todos os motivos para repudia-lo, até descobrir que poderia estar terrivelmente enganada sobre sua personalidade e sua história. 
      Vale ressaltar que a familia Bennet encontrava-se logo desprovida de sua propriedade, pois a familia não possuía um herdeiro homem, isso levaria para o parente mais próximo, o primo Willian Collins; por isso a necessidade de um casamento entre uma das filhas e Charles Bingley. Jane Austen possui sempre em seus livros, personagens caricatos para revelar a insuportavel realidade da época, neste livro encontramos a mãe de Elizabeth Bennet e suas irmãs mais novas, Lydia e Kitty; A mãe possui a meta de ver todas as suas filhas casadas de imediato com os melhores da sociedade, mesmo as que não possuíam idade suficiente para frequentar a sociedade, uma mulher um tanto materialista e interesseira; As irmãs são superficiais, enloquecidas por militares e homens de toda especie. Mr Darcy guarda-nos surpresas, assim como outros personagens como George Wickham. O livro teve adaptações para cinema e televisão desde 1938, em uma série; também há o mais recente filme lançado em 2005 em que é protagonizado por Keira Knightley.

       Com personagens um tanto irritantes e situações em que o leitor se ver em desespero torcendo por suas personagens, o livro não se torna nada entediante, mesmo se tratando de uma história que narra o cotidiano. Um livro Fantástico, para quem busca uma linguagem épica e confortável, uma história doce e bem contada, personagens com caracteristicas reais abordados de forma inteligente, uma escrita que vai direto ao assunto; Jane Austen é a escritora perfeita para todos estes critérios, em seus livros, onde tudo é inesperado e o fim sempre é o melhor possível.
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Autora:  E. L. James é uma escritora britânica autora do bestseller erótico Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey).
          Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja, mas em seus próprios termos.

              O livro que se apresenta aqui, é um tanto " diferente", bem sabemos que nos últimos anos não saíram livros de BDSM (sadomasoquismo), que venderam tanto quanto este aqui, porém, esse é um estilo nada atual este gênero já está por ai no mercado já faz um bom tempo, 50 tons como quase todo mundo já sabe, é uma fanfiction de crepúsculo. O livro é narrado em terceira pessoa pela personagem chamada Anastasia, que é uma jovem universitária que divide sua moradia com outra amiga; Anastácia carrega um nível de timidez assustador, é incrivelmente atrapalhada e fica rubororizada o tempo todo. Até que certa vez sua colega de quarto perde para Anastasia substitui-la em uma entrevista para a universidade, entrevista essa que teria como entrevistado "O Mr. Grey", um mega empresário muito bem sucedido, solteiro; Então Ana aceita a proposta, e vai entrevistá-lo; no decorrer da entrevista eles criam um vínculo (inexplicável), apesar dos gaguejos e tropeços desengonçados de Ana, ele fica fascinado com ela, procura a mesma para ter um algum tipo de "contato", e assim ela o vai conhecendo, vão criando uma proximidade, até que ele revela a ela o seu " estilo" de relacionamento. 

          Pela quantidade de conclusões que tirei desse livro me faz falar pouco dos fatos que ocorrem em si na estoria, falei apenas o básico. Algo que me deixou muito intrigado nesse livro é o fato da estoria toda ser direcionada para o público adulto (apesar de ser um BDSM "light", ele é adulto) ele possui uma linguagem extremamente infantil, não falo apenas de qualidade literária, que também é um ponto importante; falo do psicológico dos personagens que foram feitos de uma forma que posso classificar como estupida; você encontra diálogos sobre sexo que mais parecem aulas para crianças de sadomasoquismo ou simplesmente o básico sobre sexo selvagem (ou não),  não é atoa que esse livro faz sucesso também entre os menores. Você pensa de inicio ao ler esse livro, que o grande " tesão" da história está no ato do sadomasoquismo, ERRADO! o grande alvo de prazer na história é simplesmente o fato de que Mr. grey é rico e poderoso, certamente se ele fosse um mendigo com algemas e chicote nem iria ler esse livro. É notório a ostentação que a autora faz nos bens de Grey (A autora conhece bem o ponto fraco das mulheres atuais), ele com todo o seu poder e eloquência deixa a débil Anastasia mais submissa do que ela tem de ser, isso mesmo, anastasia não é submissa nesse livro apenas nos atos de sadomasoquismo; ao entrarmos em uma leitura mais madura desse livro e deixar as meninices de lado ( já que é para "gente grande") veremos que Anastasia é um simbolo da fraqueza feminina, sem nada mais, ela não consegue tomar decisões simples, é destemperada e fica em estado de nervos por coisas fúteis, e acima de tudo ela carrega uma segurança acerca de sua virgindade, nunca teve relações sexuais, e logo após toda essa segurança e cândura que ela tinha, é quebrada pela frase do século " I dont make love, I fuck", isso deixaria alguma menina virgem com segurança em alguem para ter sua primeira vez?



            É evidente que essas minhas conclusões são pessoais, há quem pense diferente, mas continuo a dizer, acho estranho a linguagem e a mensagem que esse livro passa, penso eu que toda mulher deveria se sentir ofendida ao ler esse livro, pois ele é uma afronta a personalidade de todas; como eu já disse, a personagem principal é submissa a estória inteira, não apenas nos atos sexuais, ela passa a imagem de uma mulher sem dependência intelectual, que não sabe resolver os paradigmas de sua vida, e cai em situações que digo que seria até mesmo humilhantes, pois de inicio o Mr. grey não assume nada sério com ela, não permite ser tocado, e quer controlar os mínimos detalhes da vida de Anastasia, que vai de alimentação até vestimentas, nota-se a pertubação que ela sofre pelos caprichos dele , e isso perdura até ele resolver "lutar contra seu demônios" ( ele carrega traumas) a autora quer que você tenha pena dele, e que sua pena seja o suficiente para querer levar chicotadas na bunda por ele. Faz sentido? tire suas conclusões, e quanto ao sexo em si? patético, os diálogos que há nas preliminares são de uma infantilidade horrenda, e o Mr. grey é um dos personagens mais toscos que eu já vi, faz apenas caras e bocas e demonstrações de poder, a autora tenta deixá-lo interessante ao dizer em algumas partes que ela está ouvindo músicas de qualidade, lendo e etc, mas não tem jeito, sempre o que ela dar ênfase é no dinheiro dele mesmo, esse é o grande fetiche, esqueçam o sadomasoquismo.
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